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Rio fica em último lugar entre as capitais em ranking de gestão fiscal da Firjan

por ANAFISCO

A cidade do Rio apresentou o pior índice de gestão fiscal entre as capitais brasileiras avaliadas em 2020. O resultado é de um estudo da Firjan que analisou dados de mais de 5.200 municípios brasileiros.

 

Apesar dos recursos que entraram em caixa com a pandemia, os municípios do Rio tiveram dificuldade para gerir as contas em 2020. É o que diz o estudo divulgado nesta quinta-feira (21).

 

O indicador revela que mais da metade das cidades não conseguiu administrar bem os recursos públicos.

 

São muitos gastos e sobra pouco ou quase nada para alguns investimentos.

 

O estudo indica que os municípios fluminenses investiram apenas 2,7% do orçamento no ano passado. Um percentual bem inferior à média nacional, que foi de 7,1%.

 

“A gente teve um cenário também de investimentos muito fracos. Os municípios acabam gastando muito com pessoal e sobra pouco espaço para investimentos”, diz Jonathas Goulart, gerente de Estudos Econômicos da Firjan.

 

Rio fica em último lugar entre as capitais em ranking de gestão fiscal da Firjan — Foto: Reprodução/TV Globo

Rio fica em último lugar entre as capitais em ranking de gestão fiscal da Firjan — Foto: Reprodução/TV Globo

Sete em cada 10 cidades fluminenses apresentaram situação difícil ou crítica na gestão fiscal.

 

estudo analisou 77 dos 92 municípios do estado do Rio que informaram seus dados fiscais à Secretaria de Tesouro Nacional.

 

Os piores índices ficaram com Campos dos GoytacazesAperibéMangaratibaMagé e Guapimirim, que ocupa a última posição.

 

Já entre os municípios que tiveram a melhor situação fiscal no ano passado, Niterói é o primeiro. Seguido de Piraí, Itatiaia, Nova Iguaçu e Resende.

 

Redução do percentual de investimentos

Um dos piores indicadores do estado é o da capital. Segundo o estudo, o município do Rio está no vermelho. Entre as 77 cidades analisadas, o Rio ocupa a posição de número 70. Em 2020, a capital reduziu o percentual de investimentos e encerrou o ano com mais restos a pagar, ou seja, mais dívidas do que recursos em caixa.

 

A Firjan diz que, nos quatro últimos anos, houve falha no planejamento orçamentário porque a prefeitura terminou o ano devendo fornecedores e sem dinheiro em caixa.

 

Já faz um tempo que a cidade do Rio começou a despencar no ranking de gestão fiscal. De 2013 a 2015, o Rio estava bem colocado entre as capitais: em segundo lugar.

 

Em 2016, caiu para sétimo. E, em 2020, ficou em último.

 

“A cidade do Rio passou por um período de elevados investimentos. Então, teve todo um planejamento financeiro e culminou com um grande volume de investimentos, principalmente até quando nós tivemos, por exemplo, o período de Olimpíadas. Passado desse período, a gente percebe uma piora, sobretudo no planejamento do orçamento da cidade do Rio e cortes significativos de investimento. Foram anos seguidos de problema de planejamento orçamentário”, fala Jonathas.

 

Os especialistas acreditam num cenário melhor para os próximos anos.

 

“Se a gente fizer uma boa administração do orçamento, se fizer um bom planejamento financeiro e isso se transformar em investimento, isso certamente vai ver a melhora da cidade do Rio de Janeiro, que tem um potencial grande de crescimento. O Rio continua sendo o cartão postal do Brasil”.

 

O que dizem os envolvidos

A assessoria do ex-prefeito Marcelo Crivella alegou que os problemas financeiros do Rio são históricos e se agravaram muito por causa das dívidas assumidas com os jogos olímpicos.

 

E também atribuiu os problemas financeiros à crise mundial, que também afetou o Rio.

 

A atual gestão da Secretaria de Fazenda disse que os dados da pesquisa mostram que é necessário fazer ajustes que produzam efeitos rápidos e concretos nas contas públicas. E que trabalha deste o início do ano para reverter esse quadro.

 

Niterói lidera ranking

Niterói teve, pelo quinto ano consecutivo, a melhor gestão de finanças do estado.

 

“Em 2020, mesmo em um contexto de pandemia, conseguimos aportar recursos da educação, na saúde, e fechamos o ano com superávit de R$ 739.437.008,44”, afirmou a secretária municipal de Fazenda, Marilia Ortiz.

Fonte: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2021/10/21/rio-fica-em-ultimo-lugar-entre-as-capitais-em-ranking-de-gestao-fiscal-da-firjan.ghtml

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