Desde janeiro desse ano, a cidade do Rio de Janeiro está buscando formas de adentrar no mundo das criptomoedas. No dia 14, foi criado um grupo de trabalho com o fim específico de encontrar maneiras de incentivar a utilização de criptos como Bitcoin.
Uma das maneiras já estudadas pelo grupo é, por exemplo, descontos concedidos no pagamento de impostos municipais, como ISS e IPTU.
A criação do grupo foi formalizada pelo Decreto Municipal nº 50.145/2022, que estipula que deve ele fazer a coordenação de diálogos, estudos e cooperação do setor público com a iniciativa privada, para o fim de desenvolver um marketplace na cidade que tenha relação com criptomoedas, blockchain e outros meios de pagamento alternativos.
O desenvolvimento desse ambiente de negócios tem diversos objetivos, dentre os quais o impulsionamento do cenário econômico local nesse setor, o aprimoramento de instrumentos fiscais do fisco municipal e a melhora da arrecadação para os cofres da cidade.
Em suma, a cidade busca tornar-se um hub no país para o mercado cripto.
As propostas apresentadas pelo grupo são várias, desde a concessão de descontos no pagamento de impostos até a realização de investimentos do Tesouro Municipal em criptomoedas.
Além disso, também ventila-se a ideia de criar uma criptomoeda da própria cidade, a Crypto Rio, com o objetivo de ampliar os recursos disponíveis para projetos importantes à municipalidade.
Resultados até o momento
Um dos resultados desse trabalho em cripto foi anunciado em 25 de março, no evento Criptoatividade Carioca. A partir do ano que vem, os moradores da cidade poderão pagar o IPTU em criptomoedas.
Para operacionalizar a ideia, a cidade trabalhará com diversas empresas para realizar a conversão dos criptoativos em reais, já que a prefeitura só poderá receber o valor em moeda corrente.
Além disso, a prefeitura ainda está trabalhando para viabilizar juridicamente a ideia de adquirir Bitcoin para diversificar a estratégia de investimentos do Tesouro Municipal.
A principal inspiração para o prefeito Eduardo Paes (PSD-RJ) é a cidade de Miami, no estado americano da Flórida, que possui reservas em Bitcoin.
As medidas já pensadas e outras ainda sendo concebidas estão sendo avaliadas pelo Comitê Municipal de Criptoinvestimentos (CMCI), o qual tem trabalhado com uma metodologia de investimentos em criptoativos com base em risco e rentabilidade, considerando os limites impostos pelo uso do erário.
Caso as iniciativas vinguem, o Rio de Janeiro está no caminho para se tornar um polo de inovação no que diz respeito à tecnologia blockchain.
Fonte: Grupo Editores do Blog.
