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Mulheres lideram transformação em parque eólico no nordeste

por ANAFISCO

Atualmente, um parque eólico no Sertão Central do Rio Grande do Norte se destaca por uma característica única: ele é operado inteiramente por mulheres. O Parque Cajuína, localizado em Lajes, a cerca de 130 quilômetros de Natal, tem se tornado um exemplo de como a equidade de gênero pode ser promovida em setores tradicionalmente dominados por homens.

Diversidade e capacitação entre as mulheres

As mulheres envolvidas no parque possuem formações variadas, como eletrotécnica, mecânica e segurança do trabalho. Elas ocupam cargos cruciais e desempenham funções que vão desde a manutenção de equipamentos até a gestão da subestação. Seis profissionais são encarregadas da manutenção do parque eólico. Incluindo análise, identificação e correção de falhas nos equipamentos. Unidas, elas representam o principal setor do complexo.

Superando desafios e paradigmas

Analogamente, a história de Maria Eduarda, operadora mantenedora de 24 anos, reflete o impacto dessa iniciativa. Ela mencionou que nunca se imaginou fazendo isso. Era comum ela ver poucas mulheres em meio a muitos homens durante os cursos de capacitação. A falta de referências na área tornava essa possibilidade distante.

Impacto da inclusão de mulheres no setor de energia

Certamente, o Parque Cajuína, localizado em Lajes, não é um caso isolado. A AES também gerencia um projeto em Tucano, na Bahia, que, assim como o Cajuína, é operado exclusivamente por mulheres. Atualmente, 20 profissionais trabalham no parque de Lajes, e outras 11 estão empregadas em Tucano. A empresa tem feito progressos significativos, reduzindo a participação masculina de 98% para 86% em suas operações. No entanto, a AES ainda pretende percorrer um longo caminho para tornar o ambiente de trabalho mais inclusivo, aumentando ainda mais a presença feminina.

Perspectivas para o futuro

Enfim, embora a inclusão feminina tenha avançado, ainda há um longo caminho para igualdade de gênero no setor de energia. Projetos como o Parque Cajuína podem ter um impacto significativo no futuro das mulheres nessas profissões, abrindo portas e criando novas oportunidades.

Além disso, iniciativas como o H2Brasil, que visa apoiar a expansão do mercado de hidrogênio verde no país, como peça fundamental na redução da emissão de gases de efeito estufa, estão se esforçando para atrair mais mulheres para o setor. 

A engenheira de energia Icoana Martins, de 32 anos, está à frente dessa mudança desde 2022, com o projeto H2Todos. Que busca difundir o conhecimento técnico sobre hidrogênio e energias renováveis em uma linguagem simples. Com foco na democratização do conhecimento em hidrogênio, igualdade de gênero e inclusão social.

Crédito da imagem: welcomia

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