Home ANAFISCO Firjan contribui para que municípios fluminenses tenham legislação adequada ao 5G

Firjan contribui para que municípios fluminenses tenham legislação adequada ao 5G

por ANAFISCO

Uma internet muito mais rápida, com uma conexão estável e a possibilidade de se fazer vários acessos simultâneos sem a perda da qualidade.

Não restam dúvidas que a tecnologia 5G representa um grande avanço para o mercado de telecomunicações no que se refere a transmissão de dados de internet. A grande dúvida é: como o Brasil está se preparando para recebê-la?

Para alguns especialistas, para que a tecnologia seja capaz de atingir o seu potencial máximo, é essencial que seja feita uma padronização na legislação. Isso porque as leis municipais que temos hoje são consideradas obsoletas, ou seja, incoerentes com a realidade tecnológica que vivemos nos tempos atuais.

Com a previsão de chegar no país ainda no segundo semestre de 2022, algumas organizações já vêm se mobilizando para garantir que a tecnologia seja eficiente e acessível para todos.

No estado do Rio, por exemplo, a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) vem contribuindo para que os municípios fluminenses tenham a legislação adequada ao 5G.

Legislação: o que muda com a chegada do 5G?

O 5G depende de uma infraestrutura de antenas muito superior a existente. Isso inclui torres de transmissão mais modernas e menores, que limitam a sua potência e o alcance. Ou seja, para funcionar, a rede precisará ser ampliada.

Isso tudo terá um custo. Embora seja considerado um investimento alto, ele é necessário. Se bem estruturado, poderá representar retornos imensuráveis para os municípios, estados e o país.

Contudo, a burocracia ainda é vista como uma barreira para que o setor se desenvolva como deveria. Uma das razões são as leis municipais e estaduais, que impõem regras consideradas antiquadas e restritivas até mesmo para o 4G.

Para se ter uma ideia, muitas delas já possuem mais de 20 anos. Para que o 5G seja viável, é preciso que o poder público tenha a boa vontade de modernizar as suas leis. Tendo ciência disso, a Firjan vem mobilizando os poderes Executivo e Legislativo, além dos empresários locais, dos 92 municípios fluminenses.

Ao longo dos últimos meses, por meio das suas Representações Regionais, ela tem se reunido com eles. O objetivo é apresentar, e debater, uma minuta de projeto de lei desenvolvida pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), em parceria com a Associação Brasileira da Indústria de Telecomunicações (Abrintel) e a Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Essa PL trata sobre a infraestrutura necessária para que o 5G tenha uma conectividade efetiva, capaz de diminuir a desigualdade digital, que ainda é uma realidade no Brasil. Para se ter uma dimensão, cerca de 10% da população não têm acesso nem mesmo ao 3G.

Importância de estar alinhado com a legislação federal

Um dos motivos de padronizar é que isso proporciona uma segurança jurídica para as operadoras que compraram os lotes no último leilão, que ocorreu em novembro, movimentando R$ 47,2 bilhões.

Outra razão é que os municípios que estiverem alinhados com a legislação federal, ou seja, a Lei 13.116/2015 e o Decreto 10.480/2020, serão priorizados pelas operadoras na hora de receber investimentos.

Como está o Estado do Rio de Janeiro?

O governo estadual se encontra entre um dos mais avançados na modernização das leis. Ele saiu na frente ao aprovar a Nº 9.151/20, que dispõe sobre o Programa de Estímulo à Implantação das Tecnologias de Conectividade Móvel.

Paralelo a isso, alguns municípios já vêm buscando se adequar à nova realidade. É o caso de Campos dos Goytacazes, que foi pioneiro no estado e o quinto no país, ao aprovar a nova Lei das Antenas (Lei 120/2021).

A capital fluminense também já vem se adequando. Recentemente aprovou, na Câmara de Vereadores, o projeto de lei complementar Nº 19/2021. Ele propõe novas regras para a instalação e compartilhamento das antenas no município, usando como base a legislação federal. A expectativa é de que os outros municípios fluminenses também se adequem.

Conclusão

Para a Firjan, o 5G será uma peça importante para o desenvolvimento econômico, uma vez que tornará os processos produtivos ainda mais eficientes e transformará a forma na qual fazemos negócios. Contudo, ela sabe que ainda há muito a ser feito para que isso se torne acessível para toda a população.

Fonte: Grupo Editores do Blog.

Você também pode se interessar por