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Reconhecimento facial e o sistema de segurança das ruas

por ANAFISCO

O crescente uso da Inteligência Artificial em aspectos diversos da rotina das pessoas possibilita que questões do dia a dia sejam resolvidas de forma diferente. Muitas pessoas nem percebem, mas a Inteligência Artificial já está presente por meio de aplicativos e também em algumas soluções nas Smart City, modificando a forma como vivemos.

As cidades inteligentes têm ganho cada vez mais atenção por se utilizarem de tecnologias na resolução de problemas urbanos. 

Primeiramente, quanto mais recursos de IA uma cidade dispõe, mais a cidade é inteligente. E uma das tecnologias mais utilizadas nas Smart Cities são os recursos de vídeo, o reconhecimento facial. 

Com o reconhecimento facial, problemas relacionados à segurança podem ser minimizados, pois além de auxiliar no monitoramento das ruas e ajudar a transmitir mais segurança, a tecnologia pode ser usada para ajudar nas investigações.

Tecnologia tem crescido no Brasil

Atualmente o Brasil possui 37 iniciativas em cidades adotando tecnologias de reconhecimento facial, boa parte empregadas nas áreas de segurança pública e transporte, o que tem causado polêmicas.

Por aqui, a cidade de São Paulo planejava instalar 20 mil novas câmeras de monitoramento com reconhecimento facial, fato que não aconteceu porque o edital do programa Smart Sampa foi temporariamente suspenso.

Já em cidades dos Estados Unidos, como San Francisco e Oakland, a tecnologia de reconhecimento facial nas ruas foi proibida, porém grande parte dos governos e empresas de tecnologia, como a Microsoft, defendem a regulação dessa prática.

Tecnologia de reconhecimento facial gera polêmica

As polêmicas envolvendo o uso de tecnologias de reconhecimento facial não cessam já que é sabido que o uso excessivo de tecnologias de vigilância pode levar ao controle constante e invasivo das pessoas, afetando negativamente a sua vida. 

Além disso, o uso de tecnologias de reconhecimento facial podem levar a discriminação, reforçando estereótipos negativos já existentes. 

Outro risco também é o que chamam de “falsos positivos”, que se trata de quando as tecnologias falham e identificam uma pessoa como criminosa por engano, levando a injustiças e violações dos direitos dessas pessoas, principalmente no que se refere às pessoas negras e outros grupos minoritários.

O uso excessivo dessas tecnologias também pode dar ao governo um controle excessivo, levando ao autoritarismo, com menos espaço para a dissidência e a crítica. 

Por fim, algumas das questões que precisam ser levadas em consideração na adoção de tecnologias de reconhecimento facil no dia a dia das cidades incluem a privacidade das pessoas, a falta de padrões uniformes e o risco de discriminação e erros.

Cidades que mais investem em monitoramento com reconhecimento facial

Dados coletados pela Comparitech mostraram as cidades que mais investem em tecnologia de reconhecimento facial para monitoramentos, com base no número de câmeras por 1.000 pessoas. São elas:

  • Taiyuan, China – 465.255 câmeras para 3.975.985 pessoas;
  • Wuxi, China – 300.000 câmeras para 3.315.113 pessoas;
  • Londres, Inglaterra (Reino Unido) – 691.000 câmeras para 9.425.622 pessoas;
  • Indore, Índia – 200.600 câmeras por 3.113.445 pessoas;
  • Changsha, China – 262.000 câmeras para 4.694.722 pessoas; 
  • Pequim, China – 1.150.000 câmeras para 20.896.820 pessoas;
  • Hangzhou, China – 400.000 câmeras para 7.845.501 pessoas;
  • Qingdao, China – 262.000 câmeras para 5.742.486 pessoas;
  • Kunming, China – 200.000 câmeras para 4.550.831 pessoas; 
  • Xiamen, China – 150.000 câmeras para 3.790.792 pessoas = 39,57 câmeras por 1.000 pessoas;
  • Harbin, China – 250.000 câmeras para 6.526.439 pessoas;
  • Hyderabad, Índia – 375.000 câmeras para 10.268.653 pessoas;
  • Suzhou, China – 270.000 câmeras para 7.427.096 pessoas;
  • Xangai, China – 1.000.000 de câmeras para 27.795.702 pessoas;
  • Urumqi, China – 160.000 câmeras para 4.543.684 pessoas;
  • Delhi, Índia – 551.500 câmeras para 16.349.831 pessoas; 
  • Chengdu, China – 310.000 câmeras para 9.305.116 pessoas;
  • Shenzhen, China – 400.000 câmeras para 12.591.696 pessoas; 
  • Ji’nan, China – 160.000 câmeras para 5.513.597 pessoas;
  • Shenyang, China – 200.000 câmeras para 7.373.655 pessoas.

Além disso, atualmente já existem 770 milhões de câmeras com reconhecimento facial em uso, sendo 54% delas na China. A expectativa é de que até o final deste ano, mais de um bilhão de câmeras de vigilância sejam instaladas em todo o mundo, conforme aponta o  relatório da IHS Markit.

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