Home ANAFISCO Paris 2024: um marco na sustentabilidade dos Jogos Olímpicos

Paris 2024: um marco na sustentabilidade dos Jogos Olímpicos

por ANAFISCO

A capital francesa promete mostrar que os Jogos Olímpicos podem ser ecológicos. Ao invés de usar geradores a diesel, a energia será mais limpa, e menos carne estará presente nos cardápios dos atletas. Além disso, poucas construções novas serão erguidas. Os organizadores desejam provar que é possível realizar o maior evento esportivo do mundo de forma sustentável.

Ou seja, essa Olimpíada será um teste para as credenciais ecológicas de Paris e para a ambição do Comitê Olímpico Internacional (COI) em promover megaeventos durante a era das mudanças climáticas. Os Jogos Olímpicos, que começam em 26 de julho, pretendem cortar pela metade as emissões de gases do efeito estufa em comparação com Londres 2012 e Rio 2016.

Iniciativas sustentáveis em Paris 2024

Uma das principais estratégias de Paris 2024 é a redução de novas construções. Apenas uma nova instalação permanente foi construída, um centro aquático em Saint-Denis, que após os Jogos será convertido em uma piscina comunitária. Adicionalmente, a vila olímpica será transformada em habitação social para 12 mil pessoas. Esses esforços visam minimizar o impacto ambiental do evento.

Além disso, a Olimpíada utilizará energia renovável e minimizará o uso de plásticos descartáveis. A construção do centro aquático inclui painéis solares que fornecem 20% da energia necessária e um sistema de recuperação de água. Vale dizer que a maior parte dos equipamentos temporários será reutilizada, como cadeiras e arquibancadas, para garantir uma segunda vida após o evento.

Impacto das Mudanças Climáticas nos Jogos

As mudanças climáticas representam uma das maiores ameaças ao futuro do esporte. Segundo Thomas Bach, presidente do COI, em entrevista ao Globo, elas já afetam o desempenho dos atletas e a experiência dos espectadores. 

Em resposta, os Jogos de Paris 2024 foram planejados com uma estratégia de sustentabilidade rigorosa. Walker Ross, professor de gestão esportiva, destaca que os Jogos Olímpicos podem conscientizar o mundo sobre a importância de combater as mudanças climáticas.

Entretanto, a pressão para tornar os Jogos verdadeiramente verdes é alta. As viagens aéreas e a construção necessária para eventos de grande escala ainda geram questionamentos sobre a viabilidade de megaeventos sustentáveis. A França, por exemplo, já enfrenta desafios com a redução da neve para sediar os Jogos de Inverno.

Cidades inteligentes e o futuro dos Jogos Olímpicos

Paris 2024 se alinha ao conceito de cidades inteligentes ao adotar práticas inovadoras e sustentáveis. Afinal, o uso de tecnologias para melhorar a eficiência energética e a gestão de recursos é essencial para eventos dessa magnitude. A descentralização dos Jogos é uma proposta discutida para reduzir a pegada ecológica. Isso incluiria espalhar os eventos pelo mundo, priorizando espectadores locais.

Georgina Grenon, chefe de sustentabilidade de Paris 2024, enfatiza a circularidade dos locais e equipamentos temporários. A reutilização de materiais é um passo importante para minimizar o impacto ambiental dos Jogos. No futuro, outras cidades sede, como Los Angeles 2028 e Brisbane 2032, também estão comprometidas em realizar eventos mais sustentáveis, focando na reutilização e na melhoria do transporte público.

Você também pode se interessar por