O Orçamento Participativo, criado no final da década de 1980 em Porto Alegre, tem se espalhado por administrações municipais ao redor do mundo, sendo especialmente valorizado por governos comprometidos com a democratização da gestão pública.
Esse modelo permite que os cidadãos participem diretamente da decisão sobre a alocação de uma parte dos recursos públicos, promovendo uma maior envolvimento comunitário.
Ao adotar essa abordagem, o Orçamento Participativo não só fortalece a democracia direta, como também promove uma gestão pública mais transparente e responsável.
Transição para o digital e suas diferenças
Com o avanço das tecnologias digitais, o Orçamento Participativo no Brasil está prestes a passar por uma transformação significativa.
A startup Colab prevê que, até 2026, cerca de 1 bilhão de reais serão alocados por meio desse novo formato, utilizando predominantemente aplicativos como o WhatsApp para facilitar as votações.
Essa transição representa uma grande mudança em relação ao modelo tradicional, que envolve reuniões presenciais para a discussão e votação das propostas.
No formato digital, a participação online promete expandir o alcance, simplificar o processo e promover uma maior inclusão ao eliminar a necessidade de deslocamento físico. Desta forma, suas vantagens incluem:
- Maior acessibilidade: Qualquer pessoa com acesso à internet pode participar, independentemente de sua localização (desde que seja morador do município em questão).
- Engajamento ampliado: O uso de plataformas digitais como o WhatsApp facilita a participação de um público mais amplo.
- Transparência: A tecnologia permite um acompanhamento mais transparente e em tempo real das deliberações e resultados.
Exemplos de implementação
O Orçamento Participativo Digital está se destacando globalmente como uma inovação na gestão pública, ao permitir uma maior participação cidadã e promover maior transparência na alocação de recursos.
Em diversas partes do mundo, cidades têm adotado essa abordagem para engajar a população de maneira mais eficaz.
No Brasil, o conceito tem se expandido rapidamente. São Paulo, Minas Gerais e Piauí, por exemplo, estão incorporando essa modalidade para fortalecer a participação da população nas decisões orçamentárias.
Na França, Paris tem aplicado o Orçamento Participativo Digital para envolver os residentes na escolha dos projetos a serem financiados pela cidade. Da mesma forma, Los Angeles, nos EUA, utiliza esse modelo para permitir que a comunidade participe ativamente da gestão dos recursos públicos.
Essas iniciativas demonstram como o Orçamento Participativo Digital vem transformando a gestão pública, com um potencial de expansão para outros locais.
Colab: facilitando a participação cidadã
A startup Colab se destaca como uma rede social voltada para a cidadania, classificada como Govtech, um tipo de startup de tecnologia voltada para governos.
Assim, a Colab oferece plataformas que facilitam a interação entre cidadãos e governos, promovendo uma gestão pública mais participativa e eficiente.
Créditos imagem: Maciej Bledowski / Canva Pro