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Mais projetos em desenvolvimento: a revolução do hidrogênio verde no Brasil

por ANAFISCO

O hidrogênio verde, conhecido como H2V, está se consolidando como uma peça-chave na estratégia energética global. O Brasil, com mais de 40 projetos de produção de hidrogênio verde em desenvolvimento, está em uma posição privilegiada para se tornar um líder mundial nesse mercado.

Esses projetos buscam certificação para exportar H2V para a União Europeia e outros países, visando contribuir para a descarbonização global até 2050.

Hidrogênio verde no Ceará: Hub estratégico

A maioria das iniciativas brasileiras de hidrogênio verde está concentrada no Ceará, especialmente no porto de Pecém. Essa localização é estratégica por permitir um trajeto mais curto para a exportação à Europa e por contar com abundantes fontes de energia limpa, como eólica e solar. 

A conversão do H2V em amônia para exportação, seguida de sua reconversão no destino, é um processo crucial para garantir a segurança e eficiência do transporte​.

Certificação e parcerias globais

A certificação do hidrogênio verde é coordenada pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), em colaboração com o Banco Mundial. A certificação não é obrigatória, mas é vital para que o H2V seja reconhecido como uma fonte de energia renovável, beneficiando-se de subsídios e incentivos financeiros oferecidos pela Europa. 

Aproximadamente 50 empresas brasileiras estão envolvidas no desenvolvimento de parâmetros de certificação, incluindo projetos significativos como os da multinacional francesa Qair, que opera no Ceará​ (Estado de Minas)​​ (Notícias do Agronegócio – Brasilagro)​.

O papel do hidrogênio verde nas cidades inteligentes

As cidades inteligentes estão na vanguarda da inovação sustentável, e o hidrogênio verde é uma peça fundamental nesse cenário. O Brasil está investindo em infraestrutura e tecnologia para integrar o H2V na matriz energética urbana, contribuindo para a descarbonização de setores como a indústria e o transporte. 

Em São Paulo, por exemplo, a White Martins está construindo uma planta de H2V que será 20 vezes maior que sua operação em Pernambuco, visando principalmente a exportação​ (O Povo)​.

Apesar dos avanços, o mercado de hidrogênio verde no Brasil enfrenta desafios significativos. A disponibilidade global de embarcações para o transporte de amônia é limitada, e os acordos comerciais internacionais ainda precisam ser fortalecidos. 

No entanto, as projeções são otimistas: a Agência Internacional de Energia prevê um aumento de 45 GW na produção global de energia renovável dedicada ao H2V até 2028. Com investimentos adequados e parcerias estratégicas, o Brasil pode se consolidar como um líder global na produção e exportação de hidrogênio verde​ (McKinsey & Company)​​ (O Povo)​.

  • Com informações de Folha de S. Paulo e McKinsey
  • Crédito da imagem: pcess609 de Getty Images

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