Home ANAFISCO Geoengenharia solar é opção para diminuir aquecimento global, porém não atua na origem do problema 

Geoengenharia solar é opção para diminuir aquecimento global, porém não atua na origem do problema 

por ANAFISCO

Os países do mundo inteiro concordaram em limitar o aquecimento global a patamares inferiores a 2°C, se esforçando para mantê-lo em 1,5°C. Entretanto, muitos especialistas não acreditam que utilizar a geoengenharia solar, seja a melhor opção para resolver esse problema. Geoengenharia solar é o nome dado ao conjunto de tecnologias utilizadas para refletir a luz do sol, para longe da superfície da Terra. A finalidade é combater o problema do aquecimento global e as mudanças climáticas, gerados pelas emissões de carbono.

Comissão analisa aumento de temperatura do planeta

Organização Meteorológica Mundial alerta que os próximos 5 anos, serão os mais quentes da história. Com essas previsões tão pessimistas em mãos, foi criada a Climate Overshoot Commision, grupo de alto nível que analisa todas as estratégias possíveis de controlar este cenário, independente de restrições políticas.

Grupo para unir esforços globais  

Entre os participantes estão ex-chefes de governo, diretores de organizações intergovernamentais, líderes de grupos ambientais e especialistas acadêmicos. O grupo está avaliando estratégias alternativas, visto que os esforços globais, para reduzir as emissões estão bem abaixo do esperado. 

Geoengenharia solar não é a melhor escolha 

Margot Wallström, ex-ministra das Relações Exteriores da Suécia, afirma que a geoengenharia solar é a prioridade errada, já que os pesquisadores sabem exatamente o que precisa ser feito para lidar com as mudanças climáticas. Wallström acredita que a comissão deveria se concentrar na redução de emissões. Quem compartilha dessa mesma ideia é a vice-presidente do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, Youba Sokona, que se recusou a se juntar ao grupo que discute o assunto, argumentando que era muito prematuro discutir a geoengenharia solar. Sokona acredita que isso desviaria atenção e recursos do problema real.

Técnicas propostas pela geoengenharia solar 

Destacando que entre as técnicas de geoengenharia solar utilizadas, estão pintar edifícios de branco e enviar espelhos gigantes para o espaço. Alguns pesquisadores defendem que a geoengenharia solar pode ser usada contra o aquecimento global. Da mesma forma, acredita-se que ela também pode mitigar alguns de seus impactos associados ao meio ambiente.

Outros estudiosos afirmam que refletir os raios solares não resolveria diretamente a causa raiz da crise climática e do aumento da temperatura média da Terra. Isso porque é a emissão antrópica de gases do efeito estufa, que retém a radiação solar na atmosfera, que aquece o planeta. 

O processo da geoengenharia solar

Conhecida como injeção de aerossol estratosférico (SAI), a geoengenharia solar funciona da seguinte forma: pulveriza carbonato de cálcio a 20 km de distância acima da superfície da Terra, como forma de compensar as emissões. A ideia surgiu a partir de estudos científicos que demonstraram que as partículas expelidas pelos vulcões, podem resultar no arrefecimento da temperatura em um grau.

Objetivo é criar proteção aos efeitos do sol

A intenção que ampara essa teoria é que estas partículas, se colocadas estrategicamente e regularmente em ambos os hemisférios, sejam capazes de criar um manto uniforme de proteção contra os efeitos do sol.

Geoengenharia solar e os riscos

Essas ações poderão resultar em alguns efeitos colaterais. Já que o dióxido de enxofre (gás que seria lançado) poderia causar aumento na chuva ácida. Isso possivelmente poderia reduzir a camada de ozônio, além de deixar o céu permanentemente nebuloso.

Impactos na saúde 

Destacando que a injeção de aerossóis na estratosfera pode afetar a saúde humana, já que essas partículas podem ter efeitos prejudiciais na qualidade do ar e na respiração.

Expressivos custos econômicos 

Outro fator importante são os custos econômicos elevados: essa é uma tecnologia muito cara e pode exigir investimentos significativos de recursos financeiros e humanos. Podendo limitar a capacidade dos governos e das organizações internacionais de investir em outras soluções, para combater as mudanças climáticas.

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