Temos vivido cenário relativamente negativo no que se refere à escassez dos recursos naturais, mas que, devido à tecnologia, também tem se mostrado promissor. As cidades têm, cada vez mais, buscado soluções para que seja possível conciliar um crescimento econômico com o desenvolvimento sustentável através das chamadas cidades inteligentes.
Cidades inteligentes possuem políticas ativas, utilizam a tecnologia como forma de melhorar a infraestrutura urbana, tornando os serviços urbanos como segurança pública, sustentabilidade, transporte e educação mais eficazes.
Nas cidades inteligentes a tecnologia surge como fator que gera inclusão e auxilia na criação de ambientes mais humanizados. Isso significa que nessas cidades, o foco está em desenvolver projetos sustentáveis, oferecer serviços e infraestrutura de qualidade, porém, sem abrir mão da participação dos cidadãos.
A tecnologia é a base das cidades inteligentes, visto que, surgem como facilitadores da vida da população, permitindo que fatores como qualidade de vida, geração de empregos e crescimento econômico consigam caminhar juntos.
Cidades inteligentes e a segurança pública
Um relatório de 2018, “Cidades inteligentes: soluções digitais para um futuro mais agradável de se viver”, avaliou o uso de tecnologias avançadas para lidar com desafios urbanos nas cidades inteligentes.
De acordo com o estudo, as cidades inteligentes alcançam níveis mais altos de qualidade de vida do que era previsto.
Porém, com relação à segurança e saúde pública, as cidades inteligentes obtiveram os seguintes resultados:
- Reduziram as fatalidades em 8% a 10%;
- Aceleraram os tempos de resposta à emergência em 20% a 35%;
- Cortaram a carga de doença em 8% a 15%;
- Eliminaram as emissões de gás de efeito estufa em 10% a 15%.
Isso significa que o impacto das soluções inteligentes é incontestável.
Na segurança pública, os órgãos de aplicação da lei e os serviços de emergência estão usando sensores como forma de obter imagens de vídeo e dados necessários às investigações criminais e outras iniciativas de segurança pública.
Cidades inteligentes que são exemplos para o mundo
A capital holandesa desenvolveu uma iniciativa conhecida como Amsterdam Smart City, que consiste em uma parceria entre governo, comércio, estudantes e população, com o objetivo de transformar a qualidade de vida da cidade.
Os investimentos contemplam as áreas de habitação, espaços públicos, mobilidade e eficiência energética, além de incentivar o uso da bicicleta como meio de transporte e implantar as estações de carros elétricos pela cidade.
- Copenhague
No quesito sustentabilidade, Copenhague, a capital da Dinamarca, se destaca.
Desde 2005 que o governo busca implementar ações como o conceito de Carbono Zero, o incentivo do uso de telhados verdes, de carros elétricos, das bicicletas como meios de transporte, e também de equipamentos com GPS e sensores capazes de detectar a qualidade do ar e informar sobre engarrafamentos.
A cidade de Santa Ana, na Califórnia, conta com um sistema de tratamento de água sustentável que além de atender às necessidades da população, possui a preocupação com a possibilidade de escassez desse recurso.
Graças ao bom funcionamento desse sistema na cidade, estima-se que cerca de 230 milhões de litros de água impura serão deixados de ser despejados no mar.
A primeira smart city do mundo, Songdo, já foi criada como forma de mostrar o poder do planejamento eficiente. A cidade fornece à população acesso aos serviços básicos, à educação e à saúde de qualidade de forma simples, sem deixar de pensar nos espaços verdes, na baixa emissão de gases e no bom uso dos recursos naturais.