Home ANAFISCO Ratanabá: de onde surgiu a história delirante da cidade submersa na Amazônia

Ratanabá: de onde surgiu a história delirante da cidade submersa na Amazônia

por ANAFISCO

No início deste mês, um dos assuntos que dominaram as redes sociais, em especial o Twitter, foi a suposta descoberta de uma cidade submersa na Amazônia, chamada de Ratanabá. A história não convenceu os pesquisadores de universidades e institutos renomados e já é considerada como um delírio de quem a trouxe à tona.

Se você ouviu falar sobre essa história, mas não faz ideia de onde ela surgiu, continue lendo esse post e descubra a origem dessa delirante e falsa descoberta!

Afinal, de onde surgiu a história de Ratanabá?

Tudo começou no início do mês, quando um instituto que leva o nome de Dakila Pesquisas publicou a suposta descoberta nas redes sociais. A história, porém, é mais antiga, já que um dos homens por trás da falsa descoberta, o líder e CEO do instituto Urandir Oliveira, vem alimentando essa ideia há mais de uma década.

Mas, então, por que a história voltou à tona nesse momento? Alguns acreditam que tenha a ver com o desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips, os quais poderiam estar na suposta cidade soterrada de 450 milhões de anos.

De acordo com o instituto, Ratanabá seria o verdadeiro motivo do interesse internacional pelo Brasil. Ou seja, estrangeiros bilionários como Elon Musk estariam em busca do suposto grande tesouro enterrado na Amazônia.

O problema é que esse instituto não possui nenhum vínculo com universidades ou órgãos oficiais, muito menos chegou a publicar qualquer artigo científico. Além disso, os “pesquisadores” não possuem currículo Lattes ou formação acadêmica conhecida para embasar a descoberta.

Para se ter uma ideia de como a história de Ratanabá é um delírio, o próprio Urandir já esteve envolvido em outro episódio no mínimo estranho. Em 2010, ele afirmou que conversava com ET Bilú, o falso extraterrestre que ficou famoso após reportagem exibida na TV Record.

Urandir chegou a ser recebido pelo ex-secretário da Cultura do atual governo, o polêmico ator Mário Frias, em 2020. Tem mais: o instituto Dalika apresenta alguns ideais anticientíficos, como terra plana, campanha contra a vacina e a ideia de que não há queimadas na Amazônia.

Aliás, essa teoria de que a Amazônia não queima foi levada pelo Presidente em seu discurso no início da Assembleia Anual da Organização das Nações Unidas (ONU), no ano de 2020. O pior é que a tese é estendida também ao Pantanal, outro bioma brasileiro que sofre anualmente com queimadas.

Portanto, Ratanabá não passa de uma delirante história inventada por pessoas que não têm qualquer compromisso com a ciência e a verdade.

Fonte: Grupo Editores do Blog.

Você também pode se interessar por