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Funcionário público é flagrado minerando bitcoin no interior de SP

por ANAFISCO

Um programador do órgão público Daem – Departamento de Água e Esgoto, do estado de São Paulo – foi acusado de usar a infraestrutura do local onde trabalha para minerar bitcoins, ou seja, para registrar e validar transações de criptomoedas. A portaria de número 39.424, da prefeitura do município de Marília, estado de SP, foi publicada em maio desse ano com a ocorrência.

Compreendendo um pouco mais o que isso significa, o ato de mineração precisa de equipamentos especializados e altamente qualificados para acontecer, como placas de vídeo de enorme capacidade de armazenamento, por exemplo. Por conta disso, esse processo também gera muito gasto e consumo igualmente elevado de energia.

No documento que foi assinado pela corregedora geral da cidade de Marília, Valquíria Galo Febrônio Alves, o servidor, que teve sua identidade protegida, estava “minerando criptomoedas de forma ininterrupta na sala em que exerce as suas funções no Daem, inclusive em meio ao horário do expediente”.

De acordo com a portaria publicada, isso significa que o servidor estava usando da energia do órgão (e consequentemente, de todos nós) para colocar seus equipamentos, o que inclui o seu computador, placa de vídeo e ar-condicionado portátil para minerarem moedas ao longo do dia. Os equipamentos permaneciam ligados durante todo o expediente, inclusive o ar-condicionado, uma vez que ele precisa manter o restante dos equipamentos resfriados para que a mineração seja segura.

Compreendendo melhor o caso

O acusado foi descoberto após um colega de trabalho que atua na área de segurança de informação da prefeitura de Marília ter visto-o utilizando os equipamentos para mineração após o horário do expediente e, inclusive, efetuando acesso em softwares específicos para mineração de bitcoins.

Por ora a prefeitura instaurou um processo administrativo disciplinar contra o servidor após, de acordo com a corregedora, ser constatado “a partir de fortes indícios, tais como provas documentais e fotográficas, que o servidor estava realizando o ao de mineração de criptomoeda às custas do órgão público e durante o período de expediente, usando energia pública e enriquecendo-se de maneira ilícita”.

Se o processo administrativo confirmar a ocorrência da ilegalidade o órgão deverá encaminhar a denúncia para o MP (Ministério Público), que será o responsável por tomar as medidas cabíveis contra o acusado.

O crime que ele deverá responder é pelo furto de energia elétrica, assim como por uso indevido de energia pública para ganho pessoal. O salário do servidor está na faixa de R$ 2.100 a R$3.100 reais, de acordo com o Portal da Transparência do município de Marília/SP.

Fonte: Grupo de Editores do Blog.

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