Home ANAFISCO A ERA DOS DADOS PARA O SETOR PÚBLICO: UMA NOVA CULTURA ORGANIZACIONAL ANALÍTICA

A ERA DOS DADOS PARA O SETOR PÚBLICO: UMA NOVA CULTURA ORGANIZACIONAL ANALÍTICA

por ANAFISCO

Para iniciar este conceito que vem modificando na gestão pública, vamos explicitar o que seria uma cultura administrativa mais analítica. Por exemplo, a definição de inteligência fortemente associada às grandes habilidades com os números e com a matemática é uma noção equivocada nos tempos atuais.

As pesquisas de Howard Gardner

Sabemos, a partir dos estudos de Howard Gardner e a criação da Teoria das Inteligências Múltiplas, que pode-se dizer que uma pessoa é inteligente pela boa aptidão em diversas áreas da vida, como a inteligência espacial, físico-cinestésica, interpessoal, intrapessoal, linguística, lógico-matemática e musical.

Trazer tais informações é crucial para definir essa cultura organizacional analítica que a Administração Pública vem se tornando. Porque a inteligência analítica interessa-se pela lógica e isso atualmente é usado nos dados que compõem a gestão pública.

É inovador pensar que a gerência dos dados públicos está altamente digital. De acordo com o relatório do Laboratório de Inovação e Dados do Governo do Ceará (ÍRIS) em conjuntura com o Institute e o Social Good Brasil (AWS), 2021, intitulado: “A Era dos dados para o setor público”, ele afirma que uma das grandes melhorias advindas com a transposição dos dados da Administração Pública foi a aptidão de coletar e administrar automaticamente um alto volume de dados sobre a segurança pública que antes eram contabilizados tardiamente.

Por exemplo, parafraseando a pesquisa, em 2021, os homicídios no estado do Ceará diminuíram graças à coleta de dados por meio dessa nova era no setor público. Pois ao aplicar uma plataforma digital que atualiza os dados momentaneamente os casos de homicídios reduziram 28% nos três primeiros meses de 2021 comparado ao mesmo período do ano de 2020.

Além disso, outro portal eletrônico, G1, também registrou em nota que houve a maior diminuição de homicídios no Brasil no ano de 2021 ao analisar os vinte e seis estados que compõem nosso país. Tal redução foi equivalente à diminuição de 8% dos homicídios. Isso, em relação a janeiro até março de 2021 em comparação ao mesmo período do ano de 2020.

Dessa forma, a justificativa para tal queda de acordo com as palavras de Sandro Caron, secretário da Segurança Pública do Ceará, é que a utilização de dados estatísticos, a crescente operação pública nos atos e a inteligência militar, todas essas medidas usadas em conjunto, trouxeram um resultado positivo para o Brasil.

Logo, pode-se concluir que a nova era de utilizar dados no setor público traz muitos benefícios, na prática. Essa nova cultura organizacional e de forma sistemática, analítica, lógica, auxilia efetivamente nos problemas da população brasileira.

Por exemplo, consegue-se observar em tempo real os movimentos das viaturas da polícia com a atualização desses dados; pode-se ter acesso às câmeras das cidades, é possível monitorar ou geograficamente codificar atos criminosos, como, assaltos, homicídios ou tentativas de estupro.

Desse modo, sair de uma constante tradicional para uma nova cultura lógica e analítica resulta em menor percepção e maior insights pelas informações coletadas em tempo real. Porque usar da inteligência analítica é apoiar-se na clareza dos dados.

Ou seja, a objetividade para começar um projeto baseado nas informações públicas. E para isso, é crucial alinhar o gerenciamento dos líderes públicos, dos coordenadores, dos gestores para esse foco nos dados. Assim, usar esses dados atuais é se orientar e navegar por pensamentos analíticos e estratégicos para realizar a gestão pública.

A pesquisa citada acima ainda diz, em outras palavras, que o intuito principal ou o problema que deve ser resolvido quando utilizado das estratégias analíticas resolvem o impasse mais rapidamente. Porque terá o foco nos dados coletados e isso ultrapassa a habilidade humana na qual ainda é falha e passível de erros.

A grande diferença entre a lógica convencional humana e a lógica analítica dos dados será exibida a seguir. Na primeira, o início do raciocínio se dá pela enorme quantidade de informações e a partir disso surge a pergunta: “O que conseguimos extrair desses dados?”. Enquanto, a lógica analítica identifica as hipóteses.

Com isso, a lógica é capaz de iniciar por um propósito. O movimento é partir daquele objetivo/problema e resolvê-lo. Aqui, tem mais foco e objetivo. A resposta é exibida mais facilmente, com dados e retira a limitação humana no resultado.

Então a era digital dos dados traz benefícios ao serviço público por usar da coleta de informações e tornar as estratégias da gestão mais realistas. É lógico, isso necessita de um período de transição, ou seja, é processual essa mudança na Administração Pública.

Portanto, se você deseja saber mais sobre essa temática, nós produzimos conteúdo exclusivo para nossos assinantes.

Agora que está mais claro sobre a era dos dados para o setor público que resume nessa nova cultura organizacional analítica, preencha também um dos nossos questionários. A sua opinião é muito importante para nós e auxilia na entrega de informações mais precisas. É só uns minutinhos, e já agradecemos!

Fonte: Grupo Editores do Blog.

Você também pode se interessar por